sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vida & Morte

Hoje me delonguei a pensar mais sobre morte e vida. Assisti pela enésima vez ao filme “O Auto da Compadecida”, adoro esse filme, ele foi uma de minhas inspirações quando fiz uma personagem que era mendiga.
Assistindo, viajei na maionese, revi felicidade, revi enganos, pensei nos retirantes nordestinos, de quem sou filha de sangue, pensei na labuta de sol a sol, na carne curtida, na pela ardida da seca e da fome...
Hoje, relembrei dias em que em casa, o leite servido na mesa, era só pra mim, a caçula. Lembrei do meu pai, amassando com a mão o feijão com farinha de mandioca, e me deu uma alegria de ter tido ele em minha vida.
Depois, pensei na família inteira, no meu tio Dino, que era lindo tal e qual o Mel Gibson.
Fui assim, aqui e ali catando as migalhas carcomidas do tempo e o medo da morte, não da minha morte, mas das pessoas que tenho ao meu redor, mexeu com minhas entranhas.
E aquela velha história de que devemos dizer o ‘oi’ de cada dia antes que o mesmo ‘oi’ se perca em ecos sem volta, valeu, ah... valeu.



texto by Solange Mazzeto

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tudo

tudo passa tão rápido e quase nada muda,
ou tudo muda e nada vemos
ou tudo sentimos em mudanças e nem apercebemos
relances de outrora,
vem a tona e vem a mente
no mundo a soma de favores gera apreensões
somos notificados de mortes de toda espécie
com tiros que saem rasgando gargantas
monstros fantasiam lagos de cores sinistras
o paraíso existe, inexiste
somos soma de forças contrárias,
tem gente que ri do teu mal estar,
outros choram lágrimas de absinto por você
uns dançam quando você morre naquele cadinho de esperança,
e assim andamos ou paramos
assim crescemos ou inutilmente vegetamos,
quando podemos simplesmente... viver...


by Solange Mazzeto

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