quarta-feira, 29 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Dor [es]
dias de flores num inverno que se foi, num ano que acabou não sendo mágico como me foi prometido
a desilusão esbarrou na ferida que ainda aberta, dói
a terra! eu queria que a terra me cobrisse, me engolindo
me perdi de minha alma, que gritando ficou no vácuo, na dor da deformidade...
meus passos ficaram doentes, minhas lentes cor -de – rosa se quebraram e minha asa onde eu apoiava seu coração, enegreceu
foi um mês que sofri, foram dias e noites que não comi
só vegetei
só testemunhei minha ruína em meio à dores
enquanto sua mente me perseguia em sonhos
meu corpo gelada em lavas
sua falta me feriu o cérebro, me feriu a carne
sua promessa em ‘me fazer feliz’, falhou
sua mente entorpecida me afundou
a dor que você me causou, teve estragos em tragos de poesia
agora sou... um sopro de vida que reage
que ruge
que [te] enxerga
lúgubre
...
escrito by Solange Mazzeto
imagem by Mandy Mendes
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Me [en] encanta
o que mais me encanta
é o poder da lembrança pairado no ar
me encanta ter asas no meu sonho
ter um olhar vagabundo
me encanta brincar na corda bamba que deixa minhas pernas bambas
me encanta a pele com pele
a saliva de tua língua
o doce do prazer
você me delira, e delirando me [en]canta a vida
seu sorriso brota de minha memória viva
poeta é imaginativo
e eu sou imaginativa
...
imagem by Solange Mazzeto
Início Depois Do Fim - Frejat -
Início Depois Do Fim
Frejat
Composição: Indisponível
Eu já fechei todas as portas
Arquivos, gavetas
Eu já fechei todas as malas
As contas, os dias
Fechei os olhos, a boca
Fechei a cara, o corpo
Fechado no escuro do quarto
O início depois do fim
O que não cabe mais em mim
É bom você saber
Agora é pra valer
O início depois do fim
O início depois do fim
Estou fechado para reformas
Obras, mudanças
O abraço eu tentei,
O beijo eu nem sei
Os braços, as pernas,
As mãos e o meu coração
Fechado no escuro do quarto
O início depois do fim
O que não cabe mais em mim
É bom você saber
Agora é pra valer
O início depois do fim
O início depois do fim
Eu já fechei todas as portas
Arquivos, gavetas
Eu já fechei todas as malas
As contas, os dias
O que não cabe mais em mim
É bom você saber
Agora é pra valer
O que não cabe mais em mim
(O que não cabe mais em mim)
É bom você saber
Agora é pra valer
O início depois do fim
O início depois do fim
Flores do Mal - Frejat -
Flores do Mal
Frejat
Composição: Frejat / Guto Goffi
Não me atire no mar de solidão
Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos
Não me retalhe em escândalos
Nem tão pouco cobre o perdão
Deixe que eu cure a ferida dessa louca paixão
Que acabou feito um sonho
Foi o meu inferno, foi o meu descanso
A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva
Faz do amor uma história triste
O bem que você me fez nunca foi real
Da semente mais rica, nasceram flores do mal
Huummm....
Não me atire no mar de solidão
Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos
Não me retalhe em escândalos
Nem tão pouco cobre o perdão
Deixe que eu cure a ferida dessa louca paixão
Não me esqueça por tão pouco
Nem diga adeus por engano
Mas é sempre assim
A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva
Faz do amor uma história triste
O bem que você me fez nunca foi real
Da semente mais rica, nasceram flores do mal
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Somos apenas o movimento
"Somos apenas o movimento
somos muito mais do que pensamos
sem nunca ser jamais o que criamos
mudamos
e o que muda
sempre nada é, apenas passa, por isso somos passantes, caminheiros, errantes no rumo da evolução
incertos do caminho, desconhecedores do destino, do amanhã, do então...
por isso, fique agora com o que é. Fique com você, fica com o que está, sabendo que tudo muda, que tudo vai modificar
assim seja, apenas aquele que contempla, que olha na janela da consciência e da lucidez e vê as coisas passando... nesse deixar passar, nesse deixar ser, nesse deixar sentir reside a energia da vida, a liberdade de existir, de ser livre, completamente livre..."
by Calunga
somos muito mais do que pensamos
sem nunca ser jamais o que criamos
mudamos
e o que muda
sempre nada é, apenas passa, por isso somos passantes, caminheiros, errantes no rumo da evolução
incertos do caminho, desconhecedores do destino, do amanhã, do então...
por isso, fique agora com o que é. Fique com você, fica com o que está, sabendo que tudo muda, que tudo vai modificar
assim seja, apenas aquele que contempla, que olha na janela da consciência e da lucidez e vê as coisas passando... nesse deixar passar, nesse deixar ser, nesse deixar sentir reside a energia da vida, a liberdade de existir, de ser livre, completamente livre..."
by Calunga
domingo, 19 de outubro de 2008
Essa Tal de mentira
Essa Tal de mentira
Sérgio Sampaio
Composição: Sérgio Sampaio
A quanta dor que me causa essa tal de mentira
E o pior de disso tudo é que sempre me inspira. . .
A dor de ser enganado me rouba, me tira
O chão de baixo dos pés
Fico que nem os papéis,
No meio da tempestade com a alma partida
Dando com o corpo nas grades da cela da vida
Como num mar de paixão
Náufrago que estende a mão
Agarro o meu violão
E canto uma canção. . .
Eu que em principio acredito em tudo o que me dizem
Basta um olhar mais sincero, um sorriso mais simples
E que em materia de amor, sou aquele que vive
Na mais completa emoção
O corpo é só coração
Pra de repente acordar como um cego sem guia
Tendo na cama ao meu lado uma alma tão fria
De novo recomeçar
Outra vez acreditar
compor, escrever, cantar. . .
Pôr música no ar
Música no ar
Música no ar
Música no ar
Sérgio Sampaio
Composição: Sérgio Sampaio
A quanta dor que me causa essa tal de mentira
E o pior de disso tudo é que sempre me inspira. . .
A dor de ser enganado me rouba, me tira
O chão de baixo dos pés
Fico que nem os papéis,
No meio da tempestade com a alma partida
Dando com o corpo nas grades da cela da vida
Como num mar de paixão
Náufrago que estende a mão
Agarro o meu violão
E canto uma canção. . .
Eu que em principio acredito em tudo o que me dizem
Basta um olhar mais sincero, um sorriso mais simples
E que em materia de amor, sou aquele que vive
Na mais completa emoção
O corpo é só coração
Pra de repente acordar como um cego sem guia
Tendo na cama ao meu lado uma alma tão fria
De novo recomeçar
Outra vez acreditar
compor, escrever, cantar. . .
Pôr música no ar
Música no ar
Música no ar
Música no ar
Essa Tal de mentira
Essa Tal de mentira
Sérgio Sampaio
Composição: Sérgio Sampaio
A quanta dor que me causa essa tal de mentira
E o pior de disso tudo é que sempre me inspira. . .
A dor de ser enganado me rouba, me tira
O chão de baixo dos pés
Fico que nem os papéis,
No meio da tempestade com a alma partida
Dando com o corpo nas grades da cela da vida
Como num mar de paixão
Náufrago que estende a mão
Agarro o meu violão
E canto uma canção. . .
Eu que em principio acredito em tudo o que me dizem
Basta um olhar mais sincero, um sorriso mais simples
E que em materia de amor, sou aquele que vive
Na mais completa emoção
O corpo é só coração
Pra de repente acordar como um cego sem guia
Tendo na cama ao meu lado uma alma tão fria
De novo recomeçar
Outra vez acreditar
compor, escrever, cantar. . .
Pôr música no ar
Música no ar
Música no ar
Música no ar
Sérgio Sampaio
Composição: Sérgio Sampaio
A quanta dor que me causa essa tal de mentira
E o pior de disso tudo é que sempre me inspira. . .
A dor de ser enganado me rouba, me tira
O chão de baixo dos pés
Fico que nem os papéis,
No meio da tempestade com a alma partida
Dando com o corpo nas grades da cela da vida
Como num mar de paixão
Náufrago que estende a mão
Agarro o meu violão
E canto uma canção. . .
Eu que em principio acredito em tudo o que me dizem
Basta um olhar mais sincero, um sorriso mais simples
E que em materia de amor, sou aquele que vive
Na mais completa emoção
O corpo é só coração
Pra de repente acordar como um cego sem guia
Tendo na cama ao meu lado uma alma tão fria
De novo recomeçar
Outra vez acreditar
compor, escrever, cantar. . .
Pôr música no ar
Música no ar
Música no ar
Música no ar
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Resto
resto da réstia na fita
o olhar doce traduz alento
de meu peito brota paz
será? que ainda brota paz?
um músculo duro me retrai e caio em ânsias vazias no meu leito
choro uma dor que me devora e ri de meu caos
a natureza é morta e fria
carrego a flor embolorada de seus risos
estampo-me em frente a máquina de café
e meu riso é pó
o breu te consome agora e teu riso é frouxo e louro
vasculha teu íntimo de mansinho
como gostas de fazer em tua costumeira lerdeza
parece-me triste [os seus olhos ]
me custa crer que em seu queixo tem a sombra que tanto lhe pedi
de resto tudo é escuro...
o olhar doce traduz alento
de meu peito brota paz
será? que ainda brota paz?
um músculo duro me retrai e caio em ânsias vazias no meu leito
choro uma dor que me devora e ri de meu caos
a natureza é morta e fria
carrego a flor embolorada de seus risos
estampo-me em frente a máquina de café
e meu riso é pó
o breu te consome agora e teu riso é frouxo e louro
vasculha teu íntimo de mansinho
como gostas de fazer em tua costumeira lerdeza
parece-me triste [os seus olhos ]
me custa crer que em seu queixo tem a sombra que tanto lhe pedi
de resto tudo é escuro...
texto by Solange Mazzeto
imagem: Marilia Campos
Adiante
e segui adiante, porque era o único modo de continuar vivendo, mas eu queria mais, queria o amor tão desejado, tão poetizado e profanado, e fui entrando mais no mar que me chamava...
o sal me cheirava bem, me dava ânimo pra sorrir, o sol atingia cada fibra de minhas células e permiti que seu fogo me alastrasse, alardeando a chegada do clímax
algas iam e viam agarrando meus finos tornozelos, e a espuma do mar me lambia a esmo...
eu não era mais o espectro esquecido, era de novo um ser vivo, sentindo cada passo, vendo cada azul do céu, permitindo ser assim, o paraíso, que sou sem fim...
o sal me cheirava bem, me dava ânimo pra sorrir, o sol atingia cada fibra de minhas células e permiti que seu fogo me alastrasse, alardeando a chegada do clímax
algas iam e viam agarrando meus finos tornozelos, e a espuma do mar me lambia a esmo...
eu não era mais o espectro esquecido, era de novo um ser vivo, sentindo cada passo, vendo cada azul do céu, permitindo ser assim, o paraíso, que sou sem fim...
texto by Solange Mazzeto
imagem: desconheço a autoria
domingo, 12 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Tão somente
amanheci só, debulhei-me
sorri de um jeito só meu, espreguicei-me em meio aos panos
jogando com as pernas a coberta pesada da noite
no pote de mel, curvei-me...
subi louca ao céu que da boca me presenteava com estalos da língua
tão somente me senti menina
com o brilho que me chama de... mulher
sorri de um jeito só meu, espreguicei-me em meio aos panos
jogando com as pernas a coberta pesada da noite
no pote de mel, curvei-me...
subi louca ao céu que da boca me presenteava com estalos da língua
tão somente me senti menina
com o brilho que me chama de... mulher
texto by Solange Mazzeto
desconheço a autoria da imagem
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Mário Quintana
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mário Quintana in Baú de Espantos, pág. 73.
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mário Quintana in Baú de Espantos, pág. 73.
desconheço a autoria da imagem
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