segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dor [es]




dias de flores num inverno que se foi, num ano que acabou não sendo mágico como me foi prometido
a desilusão esbarrou na ferida que ainda aberta, dói
a terra! eu queria que a terra me cobrisse, me engolindo
me perdi de minha alma, que gritando ficou no vácuo, na dor da deformidade...

meus passos ficaram doentes, minhas lentes cor -de – rosa se quebraram e minha asa onde eu apoiava seu coração, enegreceu
foi um mês que sofri, foram dias e noites que não comi
só vegetei
só testemunhei minha ruína em meio à dores

enquanto sua mente me perseguia em sonhos
meu corpo gelada em lavas
sua falta me feriu o cérebro, me feriu a carne
sua promessa em ‘me fazer feliz’, falhou
sua mente entorpecida me afundou

a dor que você me causou, teve estragos em tragos de poesia
agora sou... um sopro de vida que reage
que ruge
que [te] enxerga
lúgubre
...


escrito by Solange Mazzeto
imagem by Mandy Mendes

5 comentários:

Textos & Pretextos disse...

Que bom que a vida está ressurgindo, amiga!
Beijos

Unknown disse...

a foto e o texto combinam perfeitamente, parece coisa de antigamente, que passou, que acabou...
mas claro, pra ressurgir feito Fênix..

bijo

Fred Matos disse...

Muito bom.
Beijos

Unknown disse...

Que maravilha o [res]surgir!
Lindo texto, linda foto!
Beijos
Lindo dia!
Regina

Sole disse...

Regina, Fred, Malmal e Felipe, obrigada por lerem e comentarem esse poema tão dolorido, mas que me ajuda pacas, bjo pra vcs

So

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