quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Borra de Café
é a borra do café
dizendo ‘verdades’
embaralhados com vinho tinto
de um romance
que se mescla entre a saliva lúgubre
com o destino vil
é a borra dos fatos
da mentira
luxúria lasciva de antas estranhas
lata de lixo
prisão perpétua
corredor da morte
é a borra da sina
da calça riscada a giz
a fedentina da tina
o lavar do corpo [não] condiz
é a borra de café espalhada pelo chão
é o diabo comendo o pão do Cristo
a macumba no mar sem cisco
a chuva que cai de olhos [insisto]
é a borra do chá
que mata um leão ao dia
é a mente que divaga
e faz crochê
pra ninguém ver...
texto by Solange Mazzeto
desconheço a autoria da imagem
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3 comentários:
Outro bom poema.
Beijos
Que boniteza!
Bjs
Lindo dia
OI Fred, oi Regina, brigada queridos
bju
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