o tempo fita nossos olhos de um jeito tão irreal que no sonho a vida cria laços, o destino não termina, determina, cuida, massageia, o ego sobe a estrada vira...
nessa estrada nada mais nos cabe dar, o tempo perdido que se destinou, já foi, o amor não correspondido, deixa marcas indeléveis, resfriadas... a carne pena, a alma sai...
o bambu se enverga num raio de luz azul, a mancha amarela sobe num trem de fogo...
surdos, nos fazemos mudos... rompe-se no ar uma cortina de medo, a máscara corporal sofre, cheia de dedos, que virá? pra onde ir?
que buscar?
buscar o vão que a roupa afrouxa, buscar prisão dos anseios que assola a porta, bater no vidro que remexe a calma.
fundo, é fundo o buraco da dor, funda e tenebrosa... a dor...
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