hoje amanheci amargurada, estranhamente aborrecida, com o nada... ontem a noite, cutuquei a onça com vara curta, de tarde, eu tinha sido muito burra, queria ter ligado e dito, oi como você está sem mim? ou nem percebeu que eu não estou mais na sua vida?
Perceber que você não faz falta nenhuma na vida de quem você amou, ama, ou ainda nutre um bom sentimento que sai do seu coração e abrange o oceano todo, é chato!
mas eu não perguntei, não tive coragem pra tanto, desfiz o encanto de olhar na janelinha, preferi o quarto escuro, o breu que um dia me tirou a linda visão que eu tinha... onde e como está esse breu? essa pedra ferina, esse estorvo? sabe que eu me dei conta que nem quero mais saber? não mesmo!
agora estava aguando o jardim, relembrando de fatos históricos pra mim, lembrei que um dia li, que plantar alfazema traz sorte, e aguar ela, dá o que?, mais adiante no quintal, vi a arruda, umas folhas secas amarronzadas, sinal que o ‘mal’ foi pra ela, antes que pra mim...
li que as plantas são criaturas mais que puras, que sempre dão, sem pedir em troca...
tive fases assim, onde só dei, sem nada querer em troca, mas o cara achou que eu queria ele inteiro, todo dia em casa, arrotando e soltando peido...
então, corri do quintal pra dentro, e peguei amendoim torrado e seco, e sentei pra escrever...
quantos preconceitos tenho? quantas palavras soltei sem querer? ou querendo?
a vida fica fútil quando não estou sendo ‘direito’, uns dizem, eu não sei muito da vida do outro, sabe que é uma coisa que não me interessa mesmo? cresci numa cidade pequena, onde o olho das pessoas são grandes demais pra ver o rabo do sujeito, mas eu abominava isso, e até hoje não curto isso direito...
acho avesso demais, espiar os outros por dentro, se querem me contar a contento, ouço com muito zelo, mas senão, fico no meu conceito...
fiz até uma trova pernambucana, risos ecoam de mim agora, tenho sangue nordestino, arretada, sou, não tem [mais] jeito...
às vezes, escapa uma gargalhada de mim mesma, o aperto no peito evapora, o que faço do agora?
volto a aguar as plantas, lavar o quintal o tempo está seco, há dias que São Pedro não quer saber de mandar água...
escrito by Solange Mazzeto
Perceber que você não faz falta nenhuma na vida de quem você amou, ama, ou ainda nutre um bom sentimento que sai do seu coração e abrange o oceano todo, é chato!
mas eu não perguntei, não tive coragem pra tanto, desfiz o encanto de olhar na janelinha, preferi o quarto escuro, o breu que um dia me tirou a linda visão que eu tinha... onde e como está esse breu? essa pedra ferina, esse estorvo? sabe que eu me dei conta que nem quero mais saber? não mesmo!
agora estava aguando o jardim, relembrando de fatos históricos pra mim, lembrei que um dia li, que plantar alfazema traz sorte, e aguar ela, dá o que?, mais adiante no quintal, vi a arruda, umas folhas secas amarronzadas, sinal que o ‘mal’ foi pra ela, antes que pra mim...
li que as plantas são criaturas mais que puras, que sempre dão, sem pedir em troca...
tive fases assim, onde só dei, sem nada querer em troca, mas o cara achou que eu queria ele inteiro, todo dia em casa, arrotando e soltando peido...
então, corri do quintal pra dentro, e peguei amendoim torrado e seco, e sentei pra escrever...
quantos preconceitos tenho? quantas palavras soltei sem querer? ou querendo?
a vida fica fútil quando não estou sendo ‘direito’, uns dizem, eu não sei muito da vida do outro, sabe que é uma coisa que não me interessa mesmo? cresci numa cidade pequena, onde o olho das pessoas são grandes demais pra ver o rabo do sujeito, mas eu abominava isso, e até hoje não curto isso direito...
acho avesso demais, espiar os outros por dentro, se querem me contar a contento, ouço com muito zelo, mas senão, fico no meu conceito...
fiz até uma trova pernambucana, risos ecoam de mim agora, tenho sangue nordestino, arretada, sou, não tem [mais] jeito...
às vezes, escapa uma gargalhada de mim mesma, o aperto no peito evapora, o que faço do agora?
volto a aguar as plantas, lavar o quintal o tempo está seco, há dias que São Pedro não quer saber de mandar água...
escrito by Solange Mazzeto
desconheço a autoria da imagem
2 comentários:
OI Solange: Uma amiga mandou seu site porque eu plantei alfazema e estou com uns probleminhas. Dessa forma, buscando alfazemas encontramos vc. Aí ficamos fuxicando... E achamos que vc é uma pessoa legal. Nós somos do rio, ela trabalha com editoraçao grafica e por isso fica com o pc ligado o tempo todo. Ela é madrinha do meu filho e sempre nos falamos. Acompanhamos a vida uma da outra desde o tempo da faculdade. Vc realmente plantou alfazemas? Deu certo? Elas cresceram e tal? E vc teve sorte. Eu vou continuar insistindo se nao der certo. Nao to mt inspirada hj mas... espero recuperar minha sanidade plantando alfazema no meu jardim, ou mesmo a capacidade de sonhar. "Nós somos feitos da mesma matéria que os sonhos, e nossa pequena vida é circundada pelo sono". Olha só, to emocionada. Muita coisa acontecendo na vida. E o teu blog... sei lá... mexeu. Bjk karioka.
Oi r.barreto, legal saber que meus escritos mexeram com vc. Pra mim que escrevo é muito bom saber disso, grata viu!
Então, eu plantei sim alfazemas, tenho há uns anos plantada num vaso, e me dão flores e acho que me dão sorte, digo, 'acho', pq td depende da mente da gente né! Tem plantas que não adianta eu plantar que não vai, morrem, orquídeas é uma delas... Minha mãe tem uma mão boa pra plantar e alfazemas não vão com ela, morrem, e nem por isso ela não tem sorte, compreende?!
Sabe aquele filme "Da Magia a Sedução"? então, foi nele que escutei: "plantar alfazemas pra dar sorte".
Pra mim é uma planta maravilhosa, não sei se vc sabe, mas é um dos aromas mais calmantes que temos!
Tente plantar sim, a minha deixo no sol da manhã e rego cada 2 dias, encharcando bem a terra, quando o tempo tá muito seco, rego todo dia, e as flores secas, guardo num vidrinho de cor âmbar, coloco álccol de cereais e uso nos pulsos pra me proteger ;))
Desejo à vc, bençãos do Alto, fique bem na Paz e Graça de Deus!
ah e se não der certo com alfazema, tente alecrim, é um arbusto abençoado por Nossa Senhora, quando ela andava com o menino Jesus, lavando as roupinhas dele num rio, ela deixou as mesmas secarem no alecrim e então abençoou a planta e suas flores antes brancas, ficaram azuis, qual o seu manto santo, e alecrim nos dá coragem, creia e resurja de qq cinza que possa estar te invandindo, sabe pq? porque não há ninguém como vc no mundo, vc é linda e única
beijo
Solange
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