Ir, não ir, que fazer? Então escuto o som da chuva do lado de fora de minha casa, gotas grossas, curtas e longas, quase uma sinfonia do céu... A cabeça contradiz, é dois não, mil vezes a palavra sim, batendo que nem martelo no cérebro. A chuva poderia ser uma boa desculpa pra não ir, mas seria ao mesmo tempo uma desculpa esfarrapada. E também não sou feita de açúcar, ou sou?
Sabe que acho que sou meio ‘açuquinha’, que derrete com saliva! E então, vou? Fico?
Vou fazer um chá, amornar os lábios, derreter um chocolate meio amargo entre a língua e o céu da boca, sentir descer na garganta e deixar essa sensação crescer em mim, até eu decidir, até eu saber o que quero.
Sou contraditória, peso na balança, os prós e os contras, a balança pesa pro lado gostoso desse ir, mas e o lado ‘crespo’ da história?
Deixo pra lá?
texto by Solange Mazzeto
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